Um levantamento divulgado pelos Correios nesta quarta-feira, 19, indicou que 83% dos empregados continuam trabalhando normalmente, apesa...
Reivindicações da categoria
Entre as reivindicações do grupo grevista está o restabelecimento de direitos que vêm sendo cortados pelos Correios desde o dia 1º de agosto. Segundo Emerson, o período de 2 horas por dia para mães amamentarem seus filhos foi cortado, mas o que mais mexeu com o grupo foi o corte no auxílio para filhos de empregados com necessidades especiais, como paralisia infantil ou alguma outra doença grave, que era de R$ 1 mil. Outra reivindicação é sobre a negligência dos Correios durante a pandemia. Em nota, os Correios anunciaram que adotaram medidas contra a Covid-19 para a proteção dos funcionários, entre elas, afastar quem era do grupo de risco, mas Emerson alega que essas decisões só foram estabelecidas depois que o sindicato e a Fentect entraram na Justiça.
De acordo com a empresa, a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período — dez vezes o lucro obtido em 2019. “Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, disse em nota. “A proposta da empresa, que tem respaldo da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como das diretrizes do Ministério da Economia, não retira nenhum direitos dos empregados. Apenas promove adequações aos benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado”, continuou.
Os Correios afirmam que os trabalhadores continuam tendo acesso ao benefício do auxílio-creche, para dependentes com até 5 anos de idade; tíquetes refeição e alimentação, sendo as quantidades adequadas aos dias úteis no mês; e os respectivos adicionais aos empregados das áreas de distribuição/coleta, tratamento e atendimento. “Os vencimentos também seguem resguardados, conforme contracheques que comprovam tais afirmações. A título de comparação, a diferença entre os contracheques do mês de julho, antes do ajuste dos benefícios, e de agosto, quando foram aplicados os novos valores, foi de menos de R$ 50,00, para 94% dos empregados”, argumentou a empresa.
“Os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos. É importante lembrar que um movimento paredista agrava ainda mais a debilitada situação econômica da estatal. Diante deste cenário, a instituição confia no compromisso e responsabilidade de seus empregados com a sociedade e com o país, para trazer o mínimo de prejuízo possível para a população, especialmente neste momento de pandemia, em que a atuação dos Correios é ainda mais essencial para o Brasil”, finalizou em nota.
Fonte:https://jovempan.com.br/noticias/brasil/correios-83-dos-funcionarios-trabalhando-greve.html
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